Para quem acompanha nossas redes sociais com toda certeza viu a nossa participação na 5ª Rota do Chá em Registro/SP onde visitamos
os fornecedores de chá da Nona e contamos tudinho em primeira mão! Para você que não acompanhou preparamos esse post contando um pouco mais dessa experiência incrível que foi conhecer os chazais, fábricas e as famílias por trás dessa da cena do chá nacional:
1º dia de visitas | Amaya Chás
a Amaya Chás é um exemplo quando falamos de indústria, mantendo inteiramente preservada a Mata Atlântica nativa em 60% da propriedade o que equivale a 400 hectares! isso é respeito com o meio-ambiente que nos entrega tantas riquezas. Temos o lado social que também é incrível nessa grande indústria pois os mesmos fomentam os demais produtores de Registro a continuar na cultura e produção do chá, após a rota fica muito claro que sem eles talvez não houvesse mais chá e muito menos essa Rota incrível para visitar.
Tudo isso vem de uma indústria familiar assim como é aqui na Nona. Durante a visitação tivemos a honra de ver nossa professora Yuri Hayashi abrir oficialmente a rota com a tradicional cerimônia chinesa Gong Fu que com o tema alegria homenageou um dos grandes empreendedores do chá, o sr. Jorge Kameyama da Agrochá. encerrada a cerimônia conhecemos a perfumada fábrica da Amaya que produz chá verde, preto e oolong (todos presentes em blends e projetos futuros da Nona). tivemos a oportunidade de visitar a casa original da família Amaya datada de 1922 e tombada pelo IPHAN, conhecemos um raro exemplar de osmanthus, visitamos o chazal e conhecemos em primeira mão as pesquisas futuras da empresa e para mim esse que vos escreve tivemos o momento mágico de plantar uma muda de camellia sinensis no chazal, esperamos que essa muda produza muito chá em breve e que todos nós possamos compartilhar em uma xícara essa semente de esperança.
2º dia de visitas | Sítio Yamamaru
Ao chegarmos no bairro da Raposa onde fica localizado o Sítio Yamamaru fomos recebidos com o Taiko, uma honraria destinada geralmente a grandes personalidades e que na minha opinião estava homenageando o chá e os ancestrais dessa riquíssima comunidade, Miriam, Kazutoshi e Leo Yamamaru juntos da Maru nos apresentaram seu pequeno pedaço daquilo que podemos chamar de planeta modelo.
o sítio Yamamaru é um daqueles lugares únicos que permitem uma conexão com a Mata Atlântica e basta fechar os olhos para ouvir o som dos pássaros nativos cantando, o som da chuva caindo na copa das árvores, isso é uma agrofloresta! para quem não provou os chás cultivados e processados pela família Yamamaru fica a nossa sugestão, a cada gole você sente um pouco do sabor de cada canto dessa floresta, aprendemos a colher e processar o chá dessa agrofloresta sob a atenciosa orientação de Miriam, Yuri e Elô.
Nutrimos o corpo e a alma em meio a floresta, lá inclusive provamos tempurá de chá e um bentô que veio embalado em uma embalagem biodegradável que podia ser consumida. Sentamos a beira de um lago em um quiosque construído pelo sr. Kazutoshi e tomamos suco do fruto da palmeira Juçara que também é cultivada em sistema SAF, sabe o que é se sentir em casa? a família Yamamaru nos acolheu como se fosssemos velhos conhecidos! lá fui pé-quente e ganhei um chá preto artesanal defumado, além de uma muda de camellia sinensis variedade assamica que plantamos aqui na Nona.
por falar em Nona, ao findar da visita entregamos um exemplar da nossa mais nova linha de blends que leva os chás produzidos lá a Miriam Yamamaru e sua família, foi uma honra estar com vocês e conhecê-los, como uma amiga me disse levarei vocês em meu coração para sempre.
3º dia de visitas | Sítio Shimada
Estamos falando de um lugar que é matéria de jornais, revistas e colunas de gastronomia, onde o empreendedorismo não conhece idade. aqui se produz chás, frutas e quitutes únicos, esse é o Sítio Shimada.
nosso terceiro dia de visitas começa na casa da dona Ume Shimada conhecida também como a rainha da lichia, vou contar a vocês que todos os participantes estavam ansiosos pela chegada da grande anfitriã e mal imaginávamos que de um a um nos apresentarmos pessoalmente a ela contando de onde viemos e recebendo carinhosas palavras de boas-vindas. conhecemos também a dona Teresinha, mestre dos chás da obaatian, Samira, Leo e todos os demais membros da família.
após as apresentações assistimos um vídeo institucional que trouxe uma grande surpresa: colher os preciosos brotos do chazal para levar para casa e processar para obter um chá branco silver needles da mais alta qualidade, em nosso caminho passamos por vários frondosos pés de lichia até chegar ao chazal. depois de conversas, depoimentos gravados, fotos tiradas e uma minuciosa colheita, tivemos um chá da manhã (bem gelado por sinal) acompanhado das famosas Delícias da Tê. dali seguimos rumo à fábrica de processamento onde conhecemos os processos que transformam folhas em chá, que estão presentes nos blends da Nona. a próxima parada foi no meliponário do sítio onde tivemos uma aula sobre abelha-mirim que são nativas do nosso Brasil.
após o almoço seguimos para uma atividade cupping profissional elaborado pela Escola de Chá Embahú com o chá verde e preto do Sítio Shimada com apresentações de preparo japonês com kyusu pela Eloína do perfil Chazeira® e chinês com gaiwan pelo Fábio Pedroza da Vai Té Chá conhecemos o mais novo lançamento do sítio Shimada: o chá dourado. Participamos de mais um sorteio do qual fui novamente contemplado com um lindo bule para chá da Casa Yi Chá, finalizamos o dia recebendo nosso certificado de imersão e educação na Rota do Chá, nos despedimos da família Shimada com aquele gostinho de quero mais sabe? foi emocionante estar aí, gratidão pela recepção!
4º dia de visitas | Yamamotoyama
vamos falar hoje de uma empresa fundada em 1690 na cidade de Tóquio que conta com mais de 330 anos de tradição na área do chá, a Yamamotoyama é mais um fornecedor da Nona que tem excelência naquilo que produz.
Diferente das demais visitas que foram todas em Registro/SP a capital do chá essa visita nos levou um pouco mais longe, fomos para São Miguel do Arcanjo/SP onde essa empresa secular tem seu chazal que mais parece um pedaço do Japão no Brasil, lá se planta camellia sinensis do cultivar yabukita que a tornam diferente dos produtores de Registro que trabalham com a variedade indiana conhecida também com assamica.
Desde a colheita tudo lá é mecanizado e aí surge um ponto muito interessante: a preservação da saúde dos colaboradores entra em cena (diferente dos produtores artesanais de Registro que processam pequenos lotes de chá, aqui se faz necessário a otimização do trabalho por equipamento para evitar lesões por movimento repetitivo, assim como na Amaya Chás).
A Yamamotoyama processa 450 kg de folhas por hora totalizando uma produção de 300 toneladas de chá ao ano, onde sua maioria é exportada para o mundo todo e 30% da produção supre a demanda doméstica. Interessante ressaltar que por ser um chá industrializado e com processamento mecanizado não fica devendo em nada a questões de qualidade e sabor perante os chás ortodoxos.
a Nona esteve presente na Rota do Chá em Registro para estar mais próximo de quem fornece seus produtos, para nós é primordial entender como as matérias-primas são feitas e os parâmetros de qualidade do produto, buscamos sempre o que temos de melhor disponível no mercado para atender você que deposita a confiança em nossos produtos. Essa vivência trata-se de mais uma oportunidade de enriquecer nossos conhecimentos e compartilhar com quem nos acompanha é muito bom! afinal o conhecimento só tem propósito quando é compartilhado. A cultura do mundo cabe dentro de nosso país de tantas formas lindas e o chá brasileiro é assim: uma cena única e muito diversa.
ingredientes criteriosamente selecionados, e amor por cozinhar. somos a Nona Rosa e associamos sabores para que lembranças gostosas da sua vida invadam a refeição deixando em evidência a ideia de que amor é o principal tempero.