a melhor forma de compartilhar um pouco mais da minha experiência é relatar a vocês, então vamos lá:
saí de Santa Catarina rumo a São Paulo, foram 15 horas de viagem no total até chegar a São Bento do Sapucaí (que diga-se de passagem é um lugar lindo demais, para quem curte ecoturismo fica a dica) acomodado na pousada, deitado na cama acessei o site da
escola
e dei uma revisada no material de pré-curso do módulo Essencial de Chás da ECE, disponível para estudo em uma excelente ferramenta EaD.
ao acordar, me arrumei, tomei café da manhã e levei em conta as orientações básicas que recebi no e-mail de orientação da prof. Yuri Hayashi para não usar nenhum cosmético com fragrância marcante (prejudicando a sutil experiência olfativa) e evitar alimentos fortes (que mascaram o paladar). rumo a estrada municipal Ana Chata onde fica a escola me deparei com paisagens exuberantes que com toda a certeza vão inspirando o aluno no caminho, chegando lá quem me recepciona é a própria Yuri, com um abraço apertado e acolhedor, que com toda a certeza ajudou e muito a quebrar o gelo, já que além de mim haviam mais nove alunos que eu nunca tinha visto, mas que logo conheceria em uma dinâmica de apresentação onde cada um contou um pouco sobre si e sua história com o chá.
daí em diante admito foi quase tudo novidade, mesmo trabalhando com chá há mais de oito anos me senti na educação fundamental, passamos por uma aula de história, utensílios, modo correto de preparo, tipos de chá, degustação, conceitos de harmonização e o uso do chá como ingrediente culinário. nisso se passou a manhã e módulo essencial de chás foi concluído com sucesso.
pausa para o almoço, voltamos no começo da tarde para iniciar o módulo sensorial de chás que foi aberto com uma infusão a frio de chá verde (rico em L-teanina, substância que ajuda e muito na concentração) e nada é por acaso na ECE, pois logo após servir o chá, Yuri começou uma aula da química do chá, perceberam a relação? rsrs seguimos aprendendo sobre a graduação das folhas do chá, o que é uma roda de sabores e sua aplicação no mundo dos chás, off-flavors (defeitos no chá), técnicas de preparo culturais como a gongfu da foto acima e técnicas de cupping, tudo isso acompanhado de muitas rodadas de chás IN-CRÍ-VE-IS, experimentamos chá branco, verde, oolong, preto, pu'er, quando nos demos conta já era noite e com isso encerramos o módulo 1 e 2. pessoal, pense na fome que eu estava sentindo, depois de tanto chá, o meu estômago estava roncando.
no outro dia começamos cedo novamente com o treinamento olfativo para chás especiais, que na minha modesta opinião é a parte mais desafiadora de todos os cursos da ECE, quem não tem o hábito de sair cheirando muito as coisas ao seu entorno pode ter certeza que irá encontrar muitos aromas novos (fui apresentado a mais de 90 aromas, alguns bem raros como o osmanthus, flor típica da China) assim descobrimos a mecânica do olfato e compreendemos como funciona nosso nariz e o que isso implica em uma xícara de chá, tudo na prática.
terminado o treinamento, os colegas da turma de julho vão se despedindo um a um, antes de partir aproveitei a oportunidade para conversar melhor com a Yuri que é uma pessoa muito acessível, gentil e receptiva, trocamos várias ideias e vivências, me emocionei em alguns momentos, e tirei máximo proveito de todo o conhecimento que essa especialista do chá entrega de forma tão desprendida. uma pena minha agenda não ter permitido que eu ficasse mais tempo ali conversando, me despedi da Yuri e do seu assistente da turma de julho, o Fabio Pedroza da Vai Té Chá que é embaixador da ECE em Brasília, com um aperto no coração, desejando voltar logo.
confesso que demorei vários dias para absorver tudo que vivi e experimentei naquele fim de semana, entrei um e saí outro da Escola de Chá Embahú, valeu muito a pena o investimento nos cursos e se você é entusiasta do chá ou empreendedor deixo aqui minha recomendação para que você viva essa experiência também!
adianto a vocês que teremos novidades em nossos produtos, fiquem ligados.